domingo, 28 de agosto de 2016

Montando o Gurupés (Parte 2)

Peças secas, lixei pra remover o excesso de resina e comecei a montagem...





Já comentei na postagem da parte 01 que resolvi aumentar o gurupés em 100 mm (700 passei pra 800 mm), isso posto resolvi ampliar a espessura da parte inferior de 20 mm para 30 mm - só por precaução.

Aguardando a secagem...


Primeira prova do Gurupés



Cortando e montando a pecinha de travamento do gurupés...



Não vi no Roteiro de Construção qualquer referência às medidas desta peça mas, pelo desenho, deu a entender que ela teria 40 mm de altura...



Resolvi ampliar as medidas para torná-la mais robusta...

Vamos que vamos...





sábado, 27 de agosto de 2016

Montando o Convés (Parte 1) ...

Acho que retornei ao ritmo original e agora é "ladeira abaixo"...

Como não posso trabalhar no paiol da âncora uma vez que ainda não concluí a montagem do gurupés, iniciei o convés pelas placas que ficarão entre as seções 01 e 04. 

Meu estoque de chapas de 10 mm praticamente acabou, resta-me apenas uma, em compensação tenho muitas de 6 mm e trabalharei com elas, vou gastar mais resina e mais tempo mas a peça ficará mais resistente. Essa primeira parte será feita em quatro etapas, conforme ilustrado nas figuras abaixo.






Iniciando os cortes (Etapa 01)...

Fui montando o quebra cabeça... recortando aqui e ali até que a peça ficou pronta, chequei pra conferir a simetria entre os bordos BE e BB (perfeito) e cortei as demais. Como estou utilizando chapas de 6 mm recortei duas peças de cada lado pra efetuar a colagem posteriormente.







 Limpei as escoas...




Utilizei o mesmo procedimento da construção do costado... coloquei parafusos de aço inox pra fixar melhor as peças, uma vez que os grampos não produzirão o mesmo resultado.




Assim sendo, fiz os furos com bitola maior que a do parafuso, nas chapas a serem coladas...



Passei a resina...




Passo sempre resina nas duas partes a serem coladas e o resto que fica no recipiente utilizado pra misturar a resina guardo pra certificar que o endurecimento foi correto.

Fixei as peças com parafusos e arruelas...








Vejam que o corte da chapa é maior que o costado, isso é feito propositadamente, depois corto e dou o acabamento - se tentar cortar do tamanho exato haverá problema.

Agora é aguardar a secagem ...

Corte (Etapa 02)...



Só colarei a Etapa 02 quando estiver com o gurupés montado e colado, fixar esta peça agora atrapalhará a confecção do gurupés.






sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Montando o Gurupés (Parte 1)

Fiz um pequeno cavalete com andaimes e restos de madeiras e agora a marcenaria está perfeita... 




... mas meu tempo em relação a esta construção vem se tornando escasso, quase rarefeito... as coisas praticamente inverteram de posição. Montei a marcenaria pra fazer o barco mas estou trabalhando mais com marcenaria do que na empreitada a que me propus.

É bom trabalhar com madeira, mas o foco está se distanciando... a ideia inicial era aprender a fazer os móveis do barco, depois fazer pra terceiros com vistas no aprendizado, a seguir juntar uma grana com os serviços de marcenaria que pudesse subsidiar a construção, agora, já com 3 funcionários, preciso manter o emprego desse pessoal... mas no ritmo que as coisas estão indo, já já eu arrumo outra desculpa pra continuar fazendo marcenaria e não fazendo o barco. 

Pois bem, pra me disciplinar e conciliar tudo, resolvi dedicar um dia por semana ao barco - doa em quem doer - e assim será.

O Gurupés.

Depois de um bom tempo parado, no que tange a efetiva construção (as últimas etapas foram a confecção da carreta e laminação), me senti totalmente deslocado na retomada da faina. Era como se estivesse mexendo em outra coisa completamente distinta. Faço esse registro porque estranhei muito, não sabia nem por onde começar... li o roteiro umas três vezes - a partir do ponto onde havia interrompido - e confesso que não estava entendendo nada... cheguei a conclusão que o próprio Roteiro de Construção estava desordenado. Vejam, o roteiro falava em fazer os móveis internos (Cap. 6 Fabricação do Interior) assim que virasse o barco, mas mostrava uma foto com o gurupés no local sem que tivesse orientado na sua construção e montagem...





... a seguir (Cap 7-1, Construção do Gurupés) trata sobre a construção desta peça como marco do início da construção da superestrutura do barco. Ou seja, a superestrutura deveria ser construída depois da montagem dos móveis... isso só aumentou minhas dúvidas.

Enfim, resolvi não trabalhar na movelaria interna sem a efetiva conclusão da superestrutura (convés, cockpit e cabine), porque entendi que a única vantagem de mexer nos móveis seria a liberdade de espaço, em contrapartida trabalhar na confecção da cabine sem danificar os móveis poderia ser muito difícil.

Vamos ao gurupés...

Recortei a parte superior da roda de roda de proa para acomodação do gurupés...







Tomei a decisão de construir um gurupés 10 cm maior que o projeto original... essa decisão é temporária e poderá se tornar definitiva. Maior gurupés implica em maior área vélica e isso me interessa, só não não tenho conhecimento das complicações estruturais desta decisão - consultarei o Cabinho e depois decidirei se deixo maior ou não.

Aprendi mexendo com marcenaria que os cortes das peças a serem manuseadas nunca devem ser no tamanho exato do projeto - deve-se cortar sempre num tamanho um pouco maior, fazer a colagem e a seguir, na fase acabamento, cortá-las no exato tamanho final. Esse pequeno detalhe faz muita diferença e eliminam-se muitas perdas de material.




Agora é aguardar a secagem, dar o acabamento nas peças e montar o gurupés.

Reforçando uma travessa.

Achei que uma travessa estava muito esbelta, frágil e resolvi reforçá-la. Essa atitude necessariamente não constitui um defeito de projeto, muito pelo contrário... no início a gente acha que uma peça é frágil mas depois de montada verificamos que ela é extremamente forte.. fiz isso por uma questão de trauma... já vi um monte de convés "fofo, mole" por aí, então resolvi redimensioná-lo.






Aguardarei 48 horas pra retirar os grampos e prosseguir os trabalhos...






terça-feira, 2 de agosto de 2016

Retirando o Barco do Picadeiro...

A primeira etapa desta construção é feita com o barco virado de cabeça pra baixo...

Agora precisarei desvirá-lo para iniciar a segunda etapa, que é a construção do convés e do cockpit. A terceira etapa será a movelaria interna.

Poderia ter feito o acabamento e pintura do casco ainda nesta primeira fase, não fiz por que a pintura é algo muito delicado pra ser feito assim, na garagem, sem uma área confinada, os vizinhos reclamando, sujando os carros... enfim, como terei que desvirá-lo para tirar daqui, farei a pintura total quando estiver tupo pronto. Com isso evito ter que fazer retoques desnecessários.

Prevendo, desde o início, que esta construção demoraria, fiz o picadeiro chumbado no chão. Minha experiência com gabaritos de obras mostrou que madeira quando fica exposta ao calor e à chuva tende a deformar, por isso chumbei na certeza de que isso não aconteceria.






O primeiro passo agora é soltá-lo dos chumbadores, não será difícil porque está tudo parafusado. Detalhe: tudo aquilo que montei e desmontei (tendas, coberta, parafusos, etc) foi reutilizado ou vendido - portanto, perda ZERO.

Coloquei umas cunhas...





A seguir soltei os parafusos...




Agora levantar e colocar para fora do muro, no terreno do vizinho...

Rapadura é doce mas não é mole não...

Um detalhe importante: o barco foi retirado da garagem e virado no terreno do vizinho com o picadeiro fixado. Fiz isso por 3 motivos: 

a) Entendi que daria mais estabilidade ao conjunto; 
b) Caso houvesse algum acidente ele o ajudaria a amortecer a queda, e por fim;
c) Facilitaria bastante a virada.


















Apesar de não ter sofrido problema algum, acho que a decisão de não ter dado o acabamento final no casco (pintura, etc) foi sábia... as fitas do guincho são sujas, o barco foi virado sobre pneus e o mato fofo, etc... enfim, não sujou nem arranhou porque não estava pintado.






Colocado o barco no berço, fiz os chanfros nos berços e colei as borrachas (pneus cortados) pra evitar danos.





Coloquei na prancha e levei pra minha marcenaria. Lá darei continuidade à obra, tendo agora dois colaboradores.






Tudo foi muito bem planejado... não faltou ou sobrou nada... iniciamos às 11:00 horas, fizemos pausa para o almoço ao meio dia, reiniciamos os trabalhos às 14:00, às 16:20 já estávamos dentro do galpão e esta operação me custou R$ 350,00 (não achei caro)... ainda assim, certamente foi a parte mais estressante desta construção. O coração ameaçou sair pela boca umas oito vezes... graças as Deus não houve um pequeno problema sequer...

Pense numa operação punk!!!